Ligada ao selo Quarto Mundo, a revista do editor e roteirista Alex Mir é uma prova de que é possível produzir HQ independente de qualidade.
Tempestade Cerebral vem apresentando uma novidade a cada edição. O número 2 trouxe pela primeira vez o formato “flip-flap” (duas capas, metade do material invertido), que acabou virando uma marca registrada do título. A edição seguinte ficou maior: passou do tamanho 14,5 x 21 cm para 16 x 25 cm.
O número 4 extrapolou: mais que dobrou o número de páginas (de 16 para 36) e veio com uma oito capas! Como não poderia deixar de ser, o preço acompanhou as mudanças para manter a viabilidade do projeto. Todas edições publicadas até agora têm capa colorida, miolo P&B em papel couché e impressão de qualidade.
Mas não é só no formato que Tempestade Cerebral mostra a que veio. O mix é uma geléia geral. Mistura personagens com anos de estrada – Crânio, Velta, Escorpião de Prata – com estreantes – Valkíria, Força-Mística e outros. Mistura “mestres” – Emir Ribeiro e Sebastião Seabra, ambos premiados no último Ângelo Agostini – com “aprendizes”.
Se por um lado o leitor tem a oportunidade de entrar em contato com diferentes gerações de quadrinhistas nacionais, por outro esta seleção torna Tempestade Cerebral uma revista irregular, com altos e baixos tanto em termos de roteiro quanto de arte.
Dos mais conhecidos não há muito que falar. Eloyr Pacheco sempre tem uma pegada bacana para seu Escorpião de Prata, que casa perfeitamente com o traço estilizado de Will. Luke Oliver mostra seu traço seguro e caprichado numa história do Crânio e numa nova série escrita por ele, Bravos!
A Velta de Emir Ribeiro dispensa comentários e fiquei feliz em ler uma história da sensual heroína assinada por Rod Gonzalez. Vidas Secas, que marca a volta do personagem Pulsar, de Arthur Garcia, e o Vingador Mascarado, de Sebastião Seabra, são outros dois bons exemplos de histórias bem escritas e desenhadas.
Das estréias, as mais consistentes em termos de arte e roteiro são coincidentemente as criações de Alex Mir, Valkíria e Força-Mística – a primeira desenhada por Alex Genaro e a segunda, por Márcio Luiz.
A trama de Força-Mística, apesar de já ter chegado à terceira parte. ainda está decolando, mas promete. Valkíria, ao contrário, é uma aventura no melhor estilo "espada e magia", bem feita e bem conduzida. Tem aquela qualidade essencial de prender o leitor e deixar um gosto de “quero mais” ao final de cada capítulo.
No balanço geral, Tempestade Cerebral é uma revista altamente recomendada. Com o tempo, deve alcançar uma regularidade maior entre as histórias, sem deixar de ser um laboratório para jovens talentos.
Tempestade Cerebral vem apresentando uma novidade a cada edição. O número 2 trouxe pela primeira vez o formato “flip-flap” (duas capas, metade do material invertido), que acabou virando uma marca registrada do título. A edição seguinte ficou maior: passou do tamanho 14,5 x 21 cm para 16 x 25 cm.
O número 4 extrapolou: mais que dobrou o número de páginas (de 16 para 36) e veio com uma oito capas! Como não poderia deixar de ser, o preço acompanhou as mudanças para manter a viabilidade do projeto. Todas edições publicadas até agora têm capa colorida, miolo P&B em papel couché e impressão de qualidade.
Mas não é só no formato que Tempestade Cerebral mostra a que veio. O mix é uma geléia geral. Mistura personagens com anos de estrada – Crânio, Velta, Escorpião de Prata – com estreantes – Valkíria, Força-Mística e outros. Mistura “mestres” – Emir Ribeiro e Sebastião Seabra, ambos premiados no último Ângelo Agostini – com “aprendizes”.
Se por um lado o leitor tem a oportunidade de entrar em contato com diferentes gerações de quadrinhistas nacionais, por outro esta seleção torna Tempestade Cerebral uma revista irregular, com altos e baixos tanto em termos de roteiro quanto de arte.
Dos mais conhecidos não há muito que falar. Eloyr Pacheco sempre tem uma pegada bacana para seu Escorpião de Prata, que casa perfeitamente com o traço estilizado de Will. Luke Oliver mostra seu traço seguro e caprichado numa história do Crânio e numa nova série escrita por ele, Bravos!
A Velta de Emir Ribeiro dispensa comentários e fiquei feliz em ler uma história da sensual heroína assinada por Rod Gonzalez. Vidas Secas, que marca a volta do personagem Pulsar, de Arthur Garcia, e o Vingador Mascarado, de Sebastião Seabra, são outros dois bons exemplos de histórias bem escritas e desenhadas.
Das estréias, as mais consistentes em termos de arte e roteiro são coincidentemente as criações de Alex Mir, Valkíria e Força-Mística – a primeira desenhada por Alex Genaro e a segunda, por Márcio Luiz.
A trama de Força-Mística, apesar de já ter chegado à terceira parte. ainda está decolando, mas promete. Valkíria, ao contrário, é uma aventura no melhor estilo "espada e magia", bem feita e bem conduzida. Tem aquela qualidade essencial de prender o leitor e deixar um gosto de “quero mais” ao final de cada capítulo.
No balanço geral, Tempestade Cerebral é uma revista altamente recomendada. Com o tempo, deve alcançar uma regularidade maior entre as histórias, sem deixar de ser um laboratório para jovens talentos.
4 comentários:
Valeu pela resenha meu caro,
Um abraço
Toda força ao quadrinho nacional, Alex!
Ainda falta muito para a Tempestade Cerebral ser um gibi de qualidade, mas não dá para negar que que os caras estão melhorando e tentando fazer um trabalho melhor a cada edição. Da minha parte vou torcer para dar certo, mas tem muito chão ainda, Jota.
Sempre tem chão pela frente, Anônimo; sempre tem o que melhorar. E, como vc diz, é o que Tempestade vem fazendo.
Vlw!
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