Por Társis Salvatore
Para manter a tradição de respeito deste blog a seus leitores, não há spoilers nesta nota...
Em 1966, Gene Roddenberry ousou criar um futuro de igualdade entre os sexos, de integração racial e de concordância entre as múltiplas culturas na Terra. Um futuro que, graças à tolerância e à paz, elevaria o homem ao seu verdadeiro destino: ascender às estrelas para desempenhar, finalmente, um papel agregador no universo.
Talvez por estar onde nenhum homem jamais esteve, em seus mais de 40 anos de séries, filmes, livros e gibis, Jornada nas Estrelas assumiu uma posição icônica na cultura pop mundial.
Roddenberry criou personagens carismáticos, alavancados por interpretações marcantes de atores talentosos da época. Um grupo fiel de fãs manteve Star Trek, como é conhecido hoje, no ar, e o restante você já sabe.
O que você ainda não sabe é que no novíssimo filme da franquia um nome faz a diferença: J.J. Abrams (Lost, Missão Impossível III).
O diretor acertou em cheio quando voltou as atenções para as raízes do seriado de 1966 - segundo ele, a única maneira de chegar ao futuro de Star Trek. Abrams brinda os fãs com um filme que consegue ser fiel às origens do seriado ao mesmo tempo em que dá novo fôlego à franquia ao recriar a tripulação clássica da U.S.S. Enterprise: o Capitão Kirk, o Doutor McCoy, o Sr. Spock, a Tenente Uhura, o Sr. Sulu, o Sr. Scott, e Sr. Checov.
A atualização necessária de Abrams não perdeu de vista o poder dos heróis clássicos. Isso fica evidente em cada detalhe, do figurino ao design das naves, passando, claro, pela seleção do elenco.
Este último merece destaque. Todos os jovens atores que encararam a difícil tarefa de interpretar os personagens da tripulação clássica se saíram à altura do desafio - ou por que não dizer, da homenagem.
Chris Pine, o novo Capitão Kirk, entendeu que precisaria seguir seu próprio caminho e fez um trabalho convincente. Inspirado em William Shatner, tem tudo para transformar o “velho” Capitão Kirk em um “novo” ícone da atual geração de fãs. O Sr. Spock de Zack Quinto é outro acerto que impressiona pela segurança. Merece os elogios do astro Leonard Nimoy, que interpreta o vulcano primordial e, ao mesmo tempo, recebe uma justa homenagem. O polivalente Karl Urban é absolutamente real como o Doutor “magro” McCoy. Eric Bana, como o vilão romulano Nero, impõe respeito, talvez mais do que Khan (de Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan)
A história não se perde no maneirismo nerd. É enxuta. É vibrante. Tem momentos de tirar o fôlego sem desrespeitar a mitologia de Roddenberry, e não podia ser diferente.
O filme narra o primeiro encontro dessa tripulação, ainda na academia. No desenrolar dos acontecimentos, mostra as motivações de cada um e como esses novatos começam a formar a tripulação classica. Afinal, o destino da galáxia está nas mãos de amargos rivais de mundos bem diferentes...
Kirk começa o filme como um adolescente rebelde de Iowa, sempre em busca de emoções, um líder por natureza à procura de uma causa. Seu contraponto é o vulcano. Spock é um jovem em ascenção, mal visto por ser metade humano. Ambos partem para a academia da Federação a fim de descobrir quem realmente são e o que têm a oferecer ao mundo.
O que chama atenção é que a equilibrada ponte entre esses elementos - o conceito velho e a roupagem nova - deve agradar tanto aos fãs mais fiéis do seriado quanto àquele espectador que procura diversão em um bom filme de ação. Porque, antes de mais nada, o novo Star Trek é um ótimo filme de ação, superando os filmes anteriores.
Star Trek, ou Jornada nas Estrelas como preferem os mais velhos, é uma das maiores séries de ficção científica já criadas. E esse novo filme tem boa chance de ser a coqueluche do verão americano, e de quebra, reabilitar uma franquia maravilhosa, um marco não apenas para a ficção científica como para a cultura pop mundial.
O filme é emocionante e imperdível para todos os públicos. Vida longa e próspera a Star Trek.
Para manter a tradição de respeito deste blog a seus leitores, não há spoilers nesta nota...
Em 1966, Gene Roddenberry ousou criar um futuro de igualdade entre os sexos, de integração racial e de concordância entre as múltiplas culturas na Terra. Um futuro que, graças à tolerância e à paz, elevaria o homem ao seu verdadeiro destino: ascender às estrelas para desempenhar, finalmente, um papel agregador no universo.
Talvez por estar onde nenhum homem jamais esteve, em seus mais de 40 anos de séries, filmes, livros e gibis, Jornada nas Estrelas assumiu uma posição icônica na cultura pop mundial.
Roddenberry criou personagens carismáticos, alavancados por interpretações marcantes de atores talentosos da época. Um grupo fiel de fãs manteve Star Trek, como é conhecido hoje, no ar, e o restante você já sabe.
O que você ainda não sabe é que no novíssimo filme da franquia um nome faz a diferença: J.J. Abrams (Lost, Missão Impossível III).
O diretor acertou em cheio quando voltou as atenções para as raízes do seriado de 1966 - segundo ele, a única maneira de chegar ao futuro de Star Trek. Abrams brinda os fãs com um filme que consegue ser fiel às origens do seriado ao mesmo tempo em que dá novo fôlego à franquia ao recriar a tripulação clássica da U.S.S. Enterprise: o Capitão Kirk, o Doutor McCoy, o Sr. Spock, a Tenente Uhura, o Sr. Sulu, o Sr. Scott, e Sr. Checov.
A atualização necessária de Abrams não perdeu de vista o poder dos heróis clássicos. Isso fica evidente em cada detalhe, do figurino ao design das naves, passando, claro, pela seleção do elenco.
Este último merece destaque. Todos os jovens atores que encararam a difícil tarefa de interpretar os personagens da tripulação clássica se saíram à altura do desafio - ou por que não dizer, da homenagem.
Chris Pine, o novo Capitão Kirk, entendeu que precisaria seguir seu próprio caminho e fez um trabalho convincente. Inspirado em William Shatner, tem tudo para transformar o “velho” Capitão Kirk em um “novo” ícone da atual geração de fãs. O Sr. Spock de Zack Quinto é outro acerto que impressiona pela segurança. Merece os elogios do astro Leonard Nimoy, que interpreta o vulcano primordial e, ao mesmo tempo, recebe uma justa homenagem. O polivalente Karl Urban é absolutamente real como o Doutor “magro” McCoy. Eric Bana, como o vilão romulano Nero, impõe respeito, talvez mais do que Khan (de Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan)
A história não se perde no maneirismo nerd. É enxuta. É vibrante. Tem momentos de tirar o fôlego sem desrespeitar a mitologia de Roddenberry, e não podia ser diferente.
O filme narra o primeiro encontro dessa tripulação, ainda na academia. No desenrolar dos acontecimentos, mostra as motivações de cada um e como esses novatos começam a formar a tripulação classica. Afinal, o destino da galáxia está nas mãos de amargos rivais de mundos bem diferentes...
Kirk começa o filme como um adolescente rebelde de Iowa, sempre em busca de emoções, um líder por natureza à procura de uma causa. Seu contraponto é o vulcano. Spock é um jovem em ascenção, mal visto por ser metade humano. Ambos partem para a academia da Federação a fim de descobrir quem realmente são e o que têm a oferecer ao mundo.
O que chama atenção é que a equilibrada ponte entre esses elementos - o conceito velho e a roupagem nova - deve agradar tanto aos fãs mais fiéis do seriado quanto àquele espectador que procura diversão em um bom filme de ação. Porque, antes de mais nada, o novo Star Trek é um ótimo filme de ação, superando os filmes anteriores.
Star Trek, ou Jornada nas Estrelas como preferem os mais velhos, é uma das maiores séries de ficção científica já criadas. E esse novo filme tem boa chance de ser a coqueluche do verão americano, e de quebra, reabilitar uma franquia maravilhosa, um marco não apenas para a ficção científica como para a cultura pop mundial.
O filme é emocionante e imperdível para todos os públicos. Vida longa e próspera a Star Trek.
4 comentários:
Tarsis, quando eu crescer quero escrever como você. Fascinante!
Eu estou ansioso para ver esse filme. Nunca fui muito fã da série na TV, mas a sua resenha me deixou curioso. Flw!
Não sei como será do ponto de vista do roteiro, mas do que vi pelo trailer o visual que a ILM deu é impressionante. Só que a gente já sabe que nem sempre dá para confiar no trailer. Vou apostar na sua opinião, vi aqui e ali que outros também elogiaram. Não sou um xiita babão que acha que só existe a série clássica e mais nada, mas gostaria que o filme tivesse respeito com a sua própria mitologia. se houve isso, então vale mesmo a pena.
W.Steinsiek tb sou fã da série classica, mais do que as novas como Next Generation.
Compre seu combo de pipoca e pode ir sem medo. Prepare-se para emocionar, torcer, curtir as piadas nerds (vantagem que os fãs terão frente ao público "comum"), enfim, vá preparado para ver um belo filme.
Vida Longa e próspera!
T§
Postar um comentário