domingo, 14 de fevereiro de 2010

Papo de Quadrinho viu: Smallville - Absolute Justice

Eu já disse isso aqui mas não custa repetir: não acompanho este seriado regularmente. Assisti a alguns episódios das primeiras temporadas por dever profissional (matérias para a Mundo dos Super-Heróis) e gostei do que vi.

Mais tarde, amigos a quem respeito me apontaram várias passagens em que Smallville – ao contrário do que eu supunha – mantém a fidelidade com os quadrinhos.

O que tem me atraído a esta série, ultimamente, é a participação especial de outros heróis da mitologia do Superman, como os Supergêmeos.

Este que foi ao ar nos Estados Unidos no dia 5 de fevereiro, ainda mais: introduziu a Sociedade da Justiça – um grupo de que gosto muito – e foi escrito por Geoff Johns, um dos maiores conhecedores da cronologia da DC.

O resultado não desaponta. Da mesma forma que no episódio dos Supergêmeos, chega a ser um sonho realizado assistir a uma versão live action de alguns dos maiores ícones da Era de Ouro dos quadrinhos: Gavião Negro, Sr. Destino, Sideral, Sandman, Lanterna Verde, Pantera, Flash – ainda que alguns deles só de relances e em flashbacks.

A trama é bem amarrada: a Sociedade da Justiça foi desfeita anos atrás (não pelo marcatismo, como nos quadrinhos, mas também por questões políticas) e um nêmesis começa a eliminar os heróis um a um.

Chloe, que em Smallville faz o papel da Oráculo dos quadrinhos, envolve-se no caso quando é procurada pelo Sideral (Sylvestre Pemberton). A partir daí, duas gerações de heróis vão se desentender e finalmente unir-se para combater a ameaça.

Johns lança mão de algumas situações típicas dos quadrinhos, como os constantes desentendimentos entre o Gavião Negro e o Arqueiro Verde. Além disso, traz de volta o Caçador de Marte, que já havia dado as caras em Smallville e deixa o caminho aberto não só para a formação da Liga da Justiça como também para novos episódios com a Sociedade. Destaque para a aparição de Amanda Waller, a existência do Xeque-Mate e o que pode ser o nascimento do Esquadrão Suicida.

Sim, há problemas. O roteiro, algumas vezes, parte para soluções simplistas e o uniforme do Gavião Negro não convence totalmente (embora o do Sr. Destino compense). Mas não é nada que comprometa a diversão de Absolute Justice. Recomendadíssimo!

Por fim, e para além desta participação especial, o que dá para notar é que Smallville vai abandonando o clima de Malhação e adotando um tom mais sério e sombrio. Uma das principais queixas dos críticos do seriado vai caindo por terra.

3 comentários:

Mutante X disse...

Minha maior queixa é que Clark já trabalha no Planeta e não usa óculos. Como a Lois vai "esquecer" a fisionomia dele quando ele começar a agir como Superman é que os produtores vão ter que sambar pra resolver. Ou não. Lois nunca foi muito boa fisionomista mesmo. hehehehe...
Mas concordo: também estou realizando meu sonho de ver muitos personagens em carne e osso. A única coisa que não gostei no Gavião foi as asas, muito "duras". Acho que o CGI devia ter caprichado mais e deixá-las mais suaves, como a do Anjo em X-Men 3. De resto, só posso dizer que o episódio é perfeito. No próximo, teremos a Lois vestida de Mulher-Maravilha. (!)
E - previsão minha - até o final, um certo homem-morcego deve dar as caras. Acredito numa surpresa dos produtores para os fãs.

Jota Silvestre disse...

Edu, sobre a Lois, tenho impressão de que quando o Superman se revelar para o mundo, ela será uma das primeiras a saber que ele é o Clark.

Sobre o Gavião, o problema é justamente esse: as asas não são de CGI, por isso ficaram meio capengas.

Abs!

Helder. disse...

Minha unica queixa continua sendo a participação de varios personagens, enquanto outros como Hal Jordan, Mulher Maravilha e principalmente Bruce Wayne continuam fora. hahaha

Mas o episódio num geral é bom. O Sr. Destino e a Sideral foram excelentes, mas o Gavião parecia um cosplay barato, desde a roupa até a atuação.