segunda-feira, 19 de julho de 2010

Papo de Quadrinho viu: Os Perdedores (The Losers)

Quer assistir a uma boa adaptação dos quadrinhos para o cinema? Então assista a Os Perdedores.

Aviso que o leitor terá algum trabalho, já que o filme não chegou às telas brasileiras e deve sair direto em DVD – sem previsão de lançamento.

Os Perdedores conta a história de um grupo de elite das forças especiais do exército americano que foi dado como morto em ação na Bolívia no melhor esquema “queima de arquivo”. Porém, eles sobrevivem e agora estão de volta aos Estados Unidos para limpar seus nomes e punir o responsável. Ao time principal une-se a misteriosa Aisha, uma mercenária que também tem contas a acertar com a inteligência americana.

O roteiro de Peter Berg e James Vanderbilt leva a palavra “adaptação” a sério. O filme corta passagens e simplifica a trama para caber nos 97 minutos da película; estica alguns momentos e cria situações para conquistar a empatia do público não-leitor de quadrinhos.


Mesmo com as alterações necessárias, o filme mantém o que o quadrinho tem de mais legal – não só na linguagem como também na trama. Por exemplo, a cena da fuga de Jensen de um edifício em que ele finge ter poderes telecinéticos.

As caracterizações são muito bem feitas – exceção a Roque e a mania que Hollywood tem de alterar a etnia de alguns personagens.

No elenco, dois atores com experiência em adaptações dos quadrinhos: Jeffey Dean Morgan, o Comediante de Watchmen, e Chris Evans, o Tocha Humana do Quarteto Fantástico e futuro Capitão América. Morgan está meio canastrão, enquanto Evans prova mais uma vez sua veia cômica.

Um dos motivos que desencorajou a Warner a não se comprometer com o lançamento de Os Perdedores no cinema foi, certamente, a bilheteria pífia ao redor do mundo: US$ 27,9 milhões, que mal pagam o investimento anunciado de US$ 25 milhões.

Os Perdedores (The Losers, no original) é um quadrinho escrito por Andy Digle e desenhos de Jock, publicado nos Estados Unidos pelo Vertigo (selo adulto da DC Comics) entre 2003 e 2006. Ao todo, o título durou 32 edições.

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