O paraense Alan Yango começou a rabiscar seus personagens ainda criança e não parou mais. Ao longo das últimas décadas, foi aprimorando os conceitos e constituiu um verdadeiro universo de heróis, o Yangoverso. Seu trabalho mais recente é uma HQ virtual de seis páginas que conta a origem da personagem Defensora.Alan Yango responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho desta semana:
1) Quando você criou o Yangoverso e de que ele é composto?
O Yangoverso, na verdade, é algo meio que recente, criado em meados de maio de 2008. Os personagens que o compõem foram criados ao longo de mais de vinte anos, desde que comecei a desenhar e curtir quadrinhos, por volta dos sete, oito anos (hoje estou com 35). De início, pretendo trabalhar apenas com alguns dos meus heróis, que podem ser vistos no blog. O cenário das aventuras, em sua maioria, se passa no Estado do Pará, em cidades reais ou fictícias.
2) Você publica suas HQs apenas na Internet ou já as lançou de forma impressa?
No momento só na Internet. Estou na batalha para lançar dois títulos bimestrais em 2009. A revista do Maximus, em janeiro, e a Yangoverso HQ, em fevereiro.
3) Quais as maiores dificuldades para um quadrinhista nacional lançar uma obra?
Falta de incentivo, coisa que muitas vezes já começa dentro de casa; falta de patrocínio, afinal ainda tem muito empresário que pensa que HQ é coisa de criança, que não dá futuro; falta de bons artistas, haja visto que quem já está em determinado nível só pensa em publicar para fora. São algumas das coisas que atrasam quem quer trabalhar no Brasil.
4) Você apenas escreve as histórias, certo? Onde você buscou conhecimento para roteirizar quadrinhos?
Na verdade eu desenho um pouquinho, mas sou um desenhista muito preguiçoso. No momento eu mais escrevo que desenho. Aprendi a escrever escrevendo (rs). Lendo muita HQ, muitos livros, jornais.
5) Com quais artistas já trabalhou em suas HQs e como os escolhe? Se alguém quiser se candidatar a desenhar um de seus personagens, é possível?
Os artistas com quem trabalho são, em sua maioria, velhos amigos de estrada. O Emmanuel Thomaz (Crepúsculo), Márcio Loerzer (Maximus), Alex Barros (Defensora) são todos ex-integrantes de um grupo de quadrinhistas que existia em Belém nos anos 90, o Ponto de Fuga. Mas tem gente nova e igualmente talentosa vindo aí. No momento, prefiro trabalhar com uma equipe pequena, mas se de repente alguém se interessar em colaborar e tiver um trabalho que se encaixe na linha editorial que estou montando, é só entrar em contato através do e-mail yangoverso@hotmail.com
Para ler as aventuras do Yangoverso, visite http://yangoverso.blogspot.com/
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