Por Társis Salvatore
Gosto de muitos super-heróis e, como todo maldito fã de grupos especiais, nunca escondi que o meu favorito era o Quarteto Fantástico, criação seminal da genial dupla Stan Lee/Jack Kirby.
Foi o primeiro grupo de heróis da Marvel, responsável por uma revolução no modo como os super-heróis existiam e se portavam. Todo mundo já sabe história: quatro tripulantes de um foguete experimental são irradiados pelos raios cósmicos e ganham poderes especiais, decidindo, assim, dedicar suas vidas para proteger a Terra da vilania. Aí começa uma carreira sensacional, com altos e baixos e algumas aventuras inesquecíveis.
Não lembro como comecei a comprar, gostar e colecionar as histórias do Quarteto, mas imagino que foi nos anos 80. Além de serem poderosos e com diferentes e marcantes personalidades, eu sempre gostei demais da idéia de que o Quarteto é uma família. Talvez porque a família seja uma coisa complexa, estranha, maravilhosa, confusa, boa e de que dificilmente conseguiremos nos livrar. Imaginem isso tudo com superpoderes!
Peguei boas fases do grupo, com o trabalho de grandes criadores. Stan Lee, claro, e também John Byrne e mais tarde Mark Waid são os que me vêm à mente e que me agradaram muito quando se debruçaram sobre o Quarteto Fantástico.
Muitas revistas foram lançadas, muitos especiais, encadernados, e de um modo ou de outro acabei adquirindo a maioria deles, mesmo sabendo que nem todos eram bons.
Agora fico feliz em descobrir que neste mês a revista Universo Marvel da Panini, mais especificamente a edição 44, está chegando no Brasil com um excepcional arco de histórias do Quarteto Fantástico, preparado no capricho pela prestigiada dupla européia de criadores Mark Millar (roteirista, escocês) e Bryan Hitch (ilustrador, inglês).
Esses caras fizeram um trabalho sensacional recentemente em outras revistas, o que os credenciou a assumir o Quarteto. Relembrando, Millar trabalhou em Supremos, Authority, Superman, Homem-Aranha; Hitch em Authority, Supremos, Mulher Hulk e outros.
Eu já li metade dessa nova fase do Quarteto em scans, o que obviamente não vai me impedir de comprar a revista em papel. Eu dificilmente guardo scans, são um saco para ler, não fazem parte da minha coleção. Mas pelo menos posso adiantar aos queridos leitores e passantes desse espaço que esta dupla criativa coloca novamente o Quarteto Fantástico em destaque, já que a revista da superequipe, no passado, já foi conhecida como “o maior gibi do mundo”.
A trama começa quando uma ex-namorada de Reed Richards aparece com informações terríveis sobre o destino da Terra e, daí em diante, a família de super-heróis precisa enfrentar eventos apocalípticos, espaciais e, como sempre, lutar salvar o mundo.
É gostoso saber que velhos heróis podem aparecer em novas e grandes histórias. Essa maravilhosa capacidade que os gibis têm de nos divertir e nos levar a sonhar com o impossível é o que faz com que os quadrinhos de heróis sejam tão singulares, mesmo em meio a tantos problemas.
A vinda dessa nova fase certamente me fará abrir o arquivo e reler grandes histórias do passado. Essa magia vai ajudando a manter a mente jovem, o coração aberto e a disposição para viver grandes aventuras. Reais ou não.
5 comentários:
Uma das melhores séries de 2008 com certeza. E depois de guerra civil o Mark Millar fez alguma coisa na marvel?
Boa notícia!
O Quarteto estava precisando, suas histórias andavam bem ruinzinhas ultimamente...
Vou voltar a comprar!
Star, até onde sei, o Quarteto é o trabalho imediatamente posterior à Guerra Civil.
Se alguém tiver informação diferente, por favor poste aqui.
Pelo que li na Wizmania é isso mesmo. Após Millar trabalhar com a Civil War ele imediatamente foi para Fantastic Four.
Abs!
T§
Muito loca essa história. Me lembrou a boa fase do Byrne, só que com um desenho mais ousado.
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