A mais recente investida da Marvel em animações diretamente para consumo doméstico (DVD e Blu-Ray) chegou às lojas norte-americanas no dia 2 de fevereiro.
O desenho é baseado na HQ homônima escrita por Greg Pak e publicada na revista Incredible Hulk
A história conta como o Gigante Esmeralda foi exilado da Terra pelo grupo Illuminati (Homem de Ferro, Raio Negro, Professor Xavier, Senhor Fantástico e Namor, este último contrário à decisão) e foi parar no planeta arena de Sakaar, onde se tornou um gladiador imbatível e, mais tarde, monarca.
Os editores do Papo de Quadrinho tiveram acesso ao desenho e chegaram a conclusões distintas, porém complementares. Acompanhe aqui as resenhas.
Por Jota Silvestre
Planet Hulk foi lançado com grande estardalhaço pela Marvel. Anunciado na San Diego Comic Con em julho de 2008, o desenho ganhou uma premiére no dia 14 de janeiro, com patrocínio da New York Comic Con e do site Newsarama, e presença do staff da Marvel (inclusive o roteirista Greg Pak) e da Lionsgate.
Infelizmente, o resultado decepciona. Tecnicamente, não é ruim, mas também não é um primor. O problema mesmo é o enredo.
Em que pesem as mudanças necessárias – afinal, é uma adaptação – há um retcon totalmente desnecessário que envolve Bill Raio Beta e a vinda do povo de pedra do gladiador Korg à Terra.
O problema maior de Planet Hulk, porém, não tem a ver com a fidelidade em relação aos quadrinhos em que se baseia, mas com a trama propriamente dita. As cenas de ação são poucas, quase inteiramente confinadas à arena; os constantes flashbacks deixam a trama arrastada e algumas situações mais "emocionais" beiram a pieguice.
Em resumo: em todos os aspectos Planet Hulk perde de longe para a animação anterior, Hulk Vs. Esta sim, mostra o Gigante Esmeralda no auge de sua fúria, em confrontos memoráveis com Thor e Wolverine.
Mas há aspectos positivos
Segundo: não é uma exclusividade da Marvel, mas é interessante notar que ganha força a adaptação animada de minisséries e arcos de histórias. Fico torcendo por um desenho de Guerra Civil ou Dinastia M.
Vale a pena conferir
Por Társis Salvatore
Planet Hulk foi adaptado da série homônima dos quadrinhos. É uma boa aposta da Marvel que busca melhorar sua posição no mercado doméstico de desenhos longa-metragem, onde a DC lidera com folga.
Mesmo que não chegue a empolgar, o desenho é diversão garantida! Tecnicamente impecável, Hulk é fielmente retratado como uma criatura amargurada e incompreendida, cuja fúria não pode ser contida onde quer que ele esteja.
As cenas de combate são empolgantes e violentas. As mudanças do roteiro em relação ao gibi são pequenas e foram necessárias por razões óbvias.. Ainda assim, enxugar o roteiro não comprometeu a história.
A curiosidade fica por conta de super-heróis escondidos nas cenas em que é mostrada a platéia. São diversos heróis “espaciais” da Marvel. Desafio os leitores a encontrá-los.
Talvez o único demérito seja o fato de Planeta Hulk ter um final sem o link com a série seguinte. Afinal, essa saga é uma introdução à aventura Hulk contra o Mundo, este sim um arco que afetou todas as revistas da Marvel e mobilizou os principais heróis da Marvel. Embora funcione bem como desenho solo, os fãs e iniciados que acompanharam as agruras do Gigante Esmeralda no gibi vão sentir falta desse gancho. Prefiro evitar fazer comparações demais, pois o desenho costuma sair perdendo na comparação com os quadrinhos.
Em resumo: é uma animação que, embora não seja excepcional, vale a pena conferir, sobretudo pelo tratamento fiel que é dado ao Hulk.
E para não dizer que discordo totalmente do Jota, também fico torcendo para a Marvel lançar outros arcos em desenho animado. Com a chegada do expertise da Disney, podemos apostar que teremos boas novidades pela frente.