Alex Mir tem 33 anos e escreve desde os 12. Começou com matérias para as revistas Escalla News (Editora Escalla) e HQMania (Editora Magnum) e, depois de um tempo, partiu para a produção de quadrinhos. Em 2007, lançou Defensores da Pátria e Tempestade Cerebral, que já está no quarto número. No mesmo ano, publicou na revista Prismarte a história Um dia Quente em Cancun, que lhe valeu os prêmios de melhor roteirista, melhor personagem e melhor história no evento Melhores da Prismarte.
O editor da Tempestade Cerebral responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho desta semana:
1) Tempestade Cerebral mistura diferentes gerações de autores numa mesma edição. Como é feita a seleção das histórias?
Para as primeiras edições, entrei em contato com alguns amigos e pedi algumas HQs para entrar na TC. Fiz uma seleção das histórias que recebi e distribuí pelas quatro edições. Em cada uma, busco publicar uma HQ fechada de outro autor, mas com o mix cada vez mais fechado, a tendência é que essas histórias fiquem mais raras. Para a edição de aniversário, lançada em dezembro passado, fui atrás daqueles autores que eu já conhecia e dos quais era fã, e fiz o convite para participarem da revista. A maioria aceitou.
Estou tentando montar um mix definido para a revista e cada vez chego mais perto disso. Hoje, por exemplo, temos quatro séries regulares: Valkíria, Escorpião de Prata, Max Power e Força Mística. A partir da quinta edição, entra o Lorde Kramus. Tenho programadas para este ano as edições 5, 6 e 7 (esta será lançada no FIQ, em outubro) e já estou programando as edições para o ano que vem.
2) A revista chama atenção pela qualidade gráfica (formato flip-flap, papel e impressão de qualidade, várias capas). Como você faz para manter o título financeiramente viável?
A revista ainda não se paga, mas para uma publicação independente tem vendido bem. Todos os custos ainda saem do meu bolso, mas estou em negociação com alguns anunciantes já para publicação de anúncios na TC 5. Com quatro edições lançadas, a negociação fica um pouco mais fácil. O anunciante tem mais confiança de investir seu dinheiro.
3) Como é feita a distribuição de Tempestade Cerebral e como estão as vendas?
A TC é uma das revistas distribuídas pelo Quarto Mundo (coletivo de produtores independentes de quadrinhos). Aqui no ABC eu mesmo distribuo nas bancas. A revista tem uma saída boa também pela internet (orkut, e-mail, loja virtual Bodega, Comix). As vendas, apesar de ainda não pagarem os custos totais da revista, vêm aumentando a cada edição e isso nos anima a continuar, saber que a cada número a TC ganha mais leitores.
4) Qual sua base teórica como roteirista?
Eu leio muito desde que me conheço por gente. Como roteirista, sou autodidata. Mas sempre há a necessidade de aprimoramento, principalmente da parte técnica. Para escrever também existem macetes. Por isso estou fazendo o curso de roteiro de quadrinhos e cinema da Quanta e já fiz um de roteiro do SENAC. Tenho lido alguns livros como o Guia Oficial de Roteiros da DC Comics e A Palavra em Ação, do Marcelo Marat, publicado pela editora Marca de Fantasia.
5) Quais roteiristas estrangeiros e nacionais você admira?
Dos estrangeiros gosto muito dos escritores do Reino Unido. Meu preferido é Alan Moore. Eu admiro muito a facilidade que ele tem de lidar com alguns assuntos e transformá-los em ótimas histórias em quadrinhos. Monstro do Pântano, por exemplo, é puro xamanismo. Só Alan Moore consegue transformar o conceito do xamanismo em uma obra magnífica. Isso o diferencia dos outros. Qualquer outro roteirista poderia pegar esses conceitos e tentar utilizar no Monstro do Pântano, mas não conseguiria o mesmo resultado. O outro é Grant Morrison. O Homem Animal dele mudou muitos dos meus conceitos de como se contar histórias em quadrinhos. Essa fase do personagem ficou marcada pra mim. O Evangelho do Coiote está entre minhas histórias preferidas. Uma das melhores que eu já li em minha vida.
Dos nacionais, gosto muito do Wellington Srbek. Um dos meus primeiros contatos com material independente se deu no final da década de 90 na Bienal do Livro, onde adquiri edições da revista Solar, criação dele. Naquele momento, eu percebi que era possível fazer quadrinho nacional de qualidade e mais, que no Brasil existiam, sim, roteiristas. E bons. Fora o fato de que o Srbek escreve muito! Além do Solar, destaco Muiraquitã e Estórias Gerais.
Mesmo com a revista Tempestade Cerebral caminhando para manter um mix cada vez mais fechado, Alex Mir garante que o espaço para novos autores continuará existindo. A preferência é por histórias fechadas, com no máximo oito páginas e do gênero Aventura (não obrigatoriamente de super-heróis).
Os interessados podem encaminhar o material para avaliação pelo e-mail alexandre1736@gmail.com.
O editor da Tempestade Cerebral responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho desta semana:
1) Tempestade Cerebral mistura diferentes gerações de autores numa mesma edição. Como é feita a seleção das histórias?
Para as primeiras edições, entrei em contato com alguns amigos e pedi algumas HQs para entrar na TC. Fiz uma seleção das histórias que recebi e distribuí pelas quatro edições. Em cada uma, busco publicar uma HQ fechada de outro autor, mas com o mix cada vez mais fechado, a tendência é que essas histórias fiquem mais raras. Para a edição de aniversário, lançada em dezembro passado, fui atrás daqueles autores que eu já conhecia e dos quais era fã, e fiz o convite para participarem da revista. A maioria aceitou.
Estou tentando montar um mix definido para a revista e cada vez chego mais perto disso. Hoje, por exemplo, temos quatro séries regulares: Valkíria, Escorpião de Prata, Max Power e Força Mística. A partir da quinta edição, entra o Lorde Kramus. Tenho programadas para este ano as edições 5, 6 e 7 (esta será lançada no FIQ, em outubro) e já estou programando as edições para o ano que vem.
2) A revista chama atenção pela qualidade gráfica (formato flip-flap, papel e impressão de qualidade, várias capas). Como você faz para manter o título financeiramente viável?
A revista ainda não se paga, mas para uma publicação independente tem vendido bem. Todos os custos ainda saem do meu bolso, mas estou em negociação com alguns anunciantes já para publicação de anúncios na TC 5. Com quatro edições lançadas, a negociação fica um pouco mais fácil. O anunciante tem mais confiança de investir seu dinheiro.
3) Como é feita a distribuição de Tempestade Cerebral e como estão as vendas?
A TC é uma das revistas distribuídas pelo Quarto Mundo (coletivo de produtores independentes de quadrinhos). Aqui no ABC eu mesmo distribuo nas bancas. A revista tem uma saída boa também pela internet (orkut, e-mail, loja virtual Bodega, Comix). As vendas, apesar de ainda não pagarem os custos totais da revista, vêm aumentando a cada edição e isso nos anima a continuar, saber que a cada número a TC ganha mais leitores.
4) Qual sua base teórica como roteirista?
Eu leio muito desde que me conheço por gente. Como roteirista, sou autodidata. Mas sempre há a necessidade de aprimoramento, principalmente da parte técnica. Para escrever também existem macetes. Por isso estou fazendo o curso de roteiro de quadrinhos e cinema da Quanta e já fiz um de roteiro do SENAC. Tenho lido alguns livros como o Guia Oficial de Roteiros da DC Comics e A Palavra em Ação, do Marcelo Marat, publicado pela editora Marca de Fantasia.
5) Quais roteiristas estrangeiros e nacionais você admira?
Dos estrangeiros gosto muito dos escritores do Reino Unido. Meu preferido é Alan Moore. Eu admiro muito a facilidade que ele tem de lidar com alguns assuntos e transformá-los em ótimas histórias em quadrinhos. Monstro do Pântano, por exemplo, é puro xamanismo. Só Alan Moore consegue transformar o conceito do xamanismo em uma obra magnífica. Isso o diferencia dos outros. Qualquer outro roteirista poderia pegar esses conceitos e tentar utilizar no Monstro do Pântano, mas não conseguiria o mesmo resultado. O outro é Grant Morrison. O Homem Animal dele mudou muitos dos meus conceitos de como se contar histórias em quadrinhos. Essa fase do personagem ficou marcada pra mim. O Evangelho do Coiote está entre minhas histórias preferidas. Uma das melhores que eu já li em minha vida.
Dos nacionais, gosto muito do Wellington Srbek. Um dos meus primeiros contatos com material independente se deu no final da década de 90 na Bienal do Livro, onde adquiri edições da revista Solar, criação dele. Naquele momento, eu percebi que era possível fazer quadrinho nacional de qualidade e mais, que no Brasil existiam, sim, roteiristas. E bons. Fora o fato de que o Srbek escreve muito! Além do Solar, destaco Muiraquitã e Estórias Gerais.
Mesmo com a revista Tempestade Cerebral caminhando para manter um mix cada vez mais fechado, Alex Mir garante que o espaço para novos autores continuará existindo. A preferência é por histórias fechadas, com no máximo oito páginas e do gênero Aventura (não obrigatoriamente de super-heróis).
Os interessados podem encaminhar o material para avaliação pelo e-mail alexandre1736@gmail.com.
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